O que é um negócio?

Antes de definir o que é estratégia, inovação ou gestão, e passar a discutir como conduzi-las, precisamos entender em que contexto a estratégia, a inovação e a gestão se estabelecem. Assim, primeiramente devemos entender o que é um negócio.

Se buscarmos a definição em dicionários, encontramos algo do tipo: “comércio; relações comerciais; negociação, transação; combinação; empresa“. O grifo em “empresa” é proposital, afinal o negócio do qual estamos falando só faz sentido se conduzido por uma empresa.

Mas, então, surge outra questão: o que é uma empresa? Novamente buscando a definição no dicionário, é: “um empreendimento; uma organização econômica destinada à produção ou venda de mercadorias ou serviços; uma organização jurídica, firma, sociedade”. Vou usar dois verbetes para destacar a melhor representação de uma empresa em nossas áreas de interesse: empreendimento e organização.

businessAssim, acredito que a melhor forma de definir uma empresa é “uma organização de pessoas num empreendimento voltado à realização de objetivos comuns, que de forma individual essas pessoas não conseguiriam levar a cabo.” Esta definição, uma compilação de diversas fontes, se encaixa perfeitamente bem para empresas públicas, privadas ou do terceiro setor, com ou sem fins lucrativos.

E, sobre essa definição de empresa, esclareço o que entendo por negócio: é “a essência de o que a organização faz”. Em outros termos, é “o algo de valor que o empreendimento produz e entrega ao seu público-alvo”, cumprindo com seus objetivos.

Parece óbvio não? Mas não é! Infelizmente, existem muitos preconceitos e falsos conceitos sobre as palavras empresa e negócio. Isto ocorre por interesses não declarados de certos grupos, particularmente em alguns meios políticos, acadêmicos e de organizações de classe. Ao invés de focalizar o que de fato importa, os resultados que as pessoas que trabalham juntas num determinado empreendimento devem realizar, o foco da atenção é desviado para a discussão sobre a suposta “manipulação” e/ou “exploração” que essas pessoas sofrem quando “organizadas numa empresa” ou “conduzindo um negócio”.

E o mais absurdo disso é que mesmo em organizações com fins lucrativos, que geram emprego e pagam impostos, contribuindo para benefícios sociais, alguns dos trabalhadores (funcionários, empregados, colaboradores, …) negam que estejam em uma organização com o objetivo de conduzir um negócio que gere lucro. Pois bem, de onde vêm os empregos, os salários e os impostos???

Assim, quando coloquei a pergunta “o que é um negócio?”, propus uma discussão com o objetivo de focalizar o que de fato traz benefícios a todos, ou seja, que resultados as pessoas que trabalham juntas devem buscar. E, a partir da visualização desses resultados, como fazer para alcançá-los: que estratégias usar, que inovações promover, como gerir o empreendimento?

Sugiro deixarmos as discussões de cunho político, ideológica e filosófica em segundo plano, não desviando a atenção do que deve ser feito: obter resultados no dia-a-dia sem perder de vista o futuro. Não que essas discussões não sejam importantes para a evolução de conceitos e aperfeiçoamento do conhecimento, mas não podem sobrepor-se à finalidade básica da organização, seja ela pública ou privada, com ou sem fins lucrativos.