Ensaio publicado originalmente no Blog Star2Up – consciência empreendedora: star2up.blog.br
A visão do empreendedor inovador, em geral, é uma epifania. Sua intenção ideológica é mudar o mundo, com sua inovação de valor. Contudo a realidade do dia a dia impõe desafios a serem superados, problemas não previstos, obstáculos a cada avanço. Há o risco estratégico ao desafiar negócios estabelecidos, formam-se movimentos contrários a sua proposta de valor, surgem barreiras organizacionais ao crescimento sustentado,…
Assim, conforme o empreendedor vai desenvolvendo e testando sua ideia, ele vai descobrindo que dificilmente conseguirá vencer todos os desafios sem algum apoio. Não basta a ideia original e a capacidade de transformá-la num produto inovador. O empreendedor bem sucedido nessa empreitada inicial descobre que, para além do processo de inovação, há questões estratégicas, mercadológicas e organizacionais a resolver.
Aceleradoras de startups que aportam capital financeiro, para tentar garantir o retorno do investimento, contribuem com algum nível de aporte de conhecimento ao empreendedor, seja com atividades de mentoria ou capacitação. Isso nem sempre é suficiente. Aqui entra a Governança Empreendedora.
Governança, por si só, é o ato de governar, regulando e controlando o andamento de algo. A Governança Corporativa, uma sistemática muito presente no mundo dos negócios, pode ser entendida como o exercício do poder na administração dos recursos corporativos, com a definição de políticas e diretrizes para o negócio, a tomada de decisão em nível superior e o relacionamento com os stakeholders (partes interessadas do/no negócio).
A Governança Empreendedora, um novo conceito, tem por objetivo aportar capital intelectual ao empreendedor. Com mais conhecimento e habilidades sobre gestão e liderança o empreendedor ganha segurança, tomando melhores decisões, agilizando a resolução de problemas do negócio e conduzindo a equipe de modo harmônico e focado. Há benefícios também para o investidor, que adquire mais confiabilidade para investir ao ver ampliadas as chances de sucesso de retorno de seu investimento, pelo ganho de sustentabilidade do empreendimento.
Entendido o conceito, surge uma questão primordial: Como a Governança Empreendedora pode ser conduzida? Por meio de três ações inter-relacionadas: mentoria, workshops e consultoria.
Com a mentoria há a troca de experiências, o esclarecimento de dúvidas, orientações e o apontamento de caminhos a seguir para o avanço do empreendimento. Ela amplia a capacidade do empreendedor para o exercício de seu papel como executivo do negócio, mas não entrega tudo que ele precisa…
Com workshops o empreendedor tem apoio metodológico para formular as estratégias do negócio, para desdobrar e priorizar o que deve ser realizado dentro de sua limitação de recursos, para analisar e dar encaminhamento à solução de problemas críticos,…
Na Governança Empreendedora, a consultoria é conduzida como um processo de aprendizado. Há um forte trabalho cooperativo e colaborativo – hands on – entre consultor e empreendedor, que culminará tanto na solução de problemas quanto na apreensão, por parte do empreendedor, de ferramentas, métodos e práticas de gestão.
Olá, Robin!
Parabéns pela matéria atual e inovadora.
Você conhece o assunto, na teoria e na prática!
Luis Sergio Scherer
Olá Sérgio,
Obrigado pelo comentário. O feedback, de um especialista em governança como você, é um incetivo a mais para continuar pesquisando e desenvolvendo conhecimento e experiências sobre o tema.