Inovação de processo

Inovação de processoA inovação de processo tem seu foco em mudanças no conjunto de atividades (o processo) de produção de produtos, sejam bens e/ou serviços. Assim, ela não deve causar alterações, ou qualquer impacto, sobre os produtos. Ou seja, ela atua sobre as causas e não sobre o efeito do processo. Seu objetivo é levar o processo a um novo e bem mais elevado patamar de eficiência, com ganhos significativos de produtividade e/ou qualidade. A inovação de processo não deve ser confundida com melhoria de processo, normalmente um salto limitado de performance em sua eficiência.

Dois métodos para a realização da inovação de processo são o benchmarking e a reengenharia.

O Benchmarking é uma técnica que permite a identificação das melhores práticas de processos, que assim podem ser incorporadas à organização, levando a um desempenho superior. O resultado esperado com a aplicação dessa técnica, e consequentemente seus achados, são práticas excelentes, ideias inovadoras e procedimentos efetivos. O benchmarking essencialmente passa pela comparação das práticas (no caso, de processos) da organização contra as práticas de outras organizações que alcançam performances superiores. Essas outras organizações podem ser outras unidades de um mesmo grupo empresarial ou outras empresas, concorrentes ou não. No caso de outras empresas, se o processo a ser inovado tem ligação direta com a atividade fim da organização, com a produção de seus produtos, então a comparação deve ser feita com concorrentes. Por outro lado, se o processo em inovação está associado a uma atividade meio, de apoio (como, p. ex., gestão de pessoal, serviços internos de TI, etc.), então pode ser comparado com processos de empresas não concorrentes, mas que tenha adquirido uma reputação de excelência na atividade de interesse.

A Reengenharia visa promover um repensar fundamental do processo, levando a uma mudança radical na forma de sua condução, isso feito para que seja obtida uma performance, uma eficiência, muito superior a atual. A reengenharia exige pensamento descontínuo, e essa é a grande dificuldade em sua aplicação, esquecer o que existe e como as coisas funcionam. O objetivo é redesenhar o processo como se fosse a primeira vez, sem um conhecimento preliminar sobre o mesmo, mas apenas e tão somente focando o (novo) nível de desempenho desejado. Uma pergunta chave para a aplicação da reengenharia é “afinal, porque fazemos o que fazemos?”.

Lembrando que a gestão deve entregar previsibilidade como fruto de suas ações, o cuidado que deve ser tomado ao se realizar esse tipo de inovação é evitar a perda da previsibilidade do processo. Em outras palavras, garantir que a entrega do produto aconteça conforme contratado com o cliente. Contudo, deve-se observar que alterações em atividades já bem dominadas sempre levam a algum nível de instabilidade, mas essa deve ser minimizada e seu efeito não pode chegar ao cliente. Daí, uma boa prática na inovação de processos é sua aplicação como um piloto, antes de sua efetivação.

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Sobre Robin Pagano

Pensador, palestrante e consultor sênior em Estratégia, Gestão e Inovação de negócio. Mestre em Eng. de Produção - UFRGS; Pós-graduado em Estudos de Políticas e Estratégias de Governo - PUCRS; Pós-graduado em Marketing de Serviços - ESPM/RS; Especializado em Gestão da Qualidade Total (TQM) - NKTS/Japão; Lead Assessor ISO 9000 - SGS-ICS; Engº Eletrônico - PUCRS. Atuou como Gerente de Desenvolvimento, de Processos e de Serviços em empresas de médio e grande porte, nacionais e multinacional, líderes de mercado. Professor universitário em cursos de MBA, Especialização e Extensão. Consultor sênior em Estratégia, Gestão, Qualidade e Inovação. Sócio da Intelligentia Assessoria Empresarial.

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