O óbvio como fundamento

Vamos começar refletindo sobre a importância do óbvio. Muitas vezes as coisas no nosso dia a dia não saem como desejamos porque, de alguma forma, passamos como tratores por cima do óbvio.

Quando falamos do comportamento humano num contexto de poder, precisamos focar nitidamente o óbvio, mas nossa cultura não nos ajuda: somos ansiosos e apressados. Inferimos muito rápido, concluímos sem levar em consideração alguma informação importante. Assim, criamos ruídos indesejáveis nas relações humanas.

A maioria das empresas não dá atenção devida ao óbvio. Por exemplo, muitas vezes a direção espera que as pessoas que trabalham em seu negócio sejam gentis com seus clientes. Porém, não levam em consideração que o próprio ambiente interno de trabalho não é muito amigável, as abordagens são equivocadas gerando mágoas e ressentimentos. Assim, não é possível ser gentil com o cliente, no máximo educado e, isto diminui sensivelmente o resultado. A grande verdade é que o cliente busca afeto antes de qualquer outra coisa e, ao encontrar alguém somente educado, percebe que é só mais um local onde não passa de alguém com dinheiro que pode comprar algum daqueles produtos.

O óbvio como fundamento resgata a importância de criar um clima afetivo e gentil internamente para reproduzí-lo ao cliente. Construir esse ambiente depende dos valores praticados pela empresa. Há uma grande oportunidade de diferenciação no trato com as pessoas, fazendo daquela empresa atrativa para quem trabalha e agradável para quem se torna cliente. Mas isto é uma conquista que exige coerência e inteligência de dar o devido valor ao óbvio.

Publicado em Reflexões por Elisete Pagano. Marque Link Permanente.

Sobre Elisete Pagano

Pesquisadora, professional & self coach, analista comportamental, palestrante e consultora sênior em Liderança, Comportamento e Relações de Poder. Mestre em Educação - Unisinos; Professional & Self Coach - IBC; Especialista em Planejamento Estratégico de RH - UFRGS e Eng. da Qualidade - PUCRS; Especializanda em Filosofia Clínica - Instituto Packter; Especializanda em Psicologia Junguiana - FACIS/SP; Pós-graduada em Auditorias da Qualidade - PUCRS; Engª Química - PUCRS. Analista de Perfil Comportamental certificada pelo IBC. Exerceu função de Gerente de Desenvolvimento e de Processos em empresas de médio e grande porte, líderes de mercado. Atua em desenvolvimento comportamental de pessoas e organizações, com aperfeiçoamento de lideranças e autoconhecimento. Professora em cursos de extensão universitária. Sócia da Intelligentia Assessoria Empresarial.

1 pensou em “O óbvio como fundamento

  1. Concordo plenamente Elisete, o óbvio não é tão óbvio assim. Acontece que se comunicar, entender a si mesmo e ao outro, dá trabalho, exige dedicação e tempo, hoje em dia quem quer isso? Ou seja, “perder tempo” como o óbvio. Precisamos formar uma rede de relacionamento que fortaleça a importância deste fundamento, então vamos lá, continue publicando artigos como este.

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