Autoconhecimento: conscientizando o inconsciente

No processo do  autoconhecimento, busca-se a conscientização de partes inconscientes que atuam na  interpretação dos fatos. Os traços reprimidos pelo nosso ego e naturalmente projetados no outro, tendem a arruinar as inter-relações.

Muitas vezes, o incômodo emocional do líder, frente a uma pessoa descomprometida da equipe, por hipótese, revela um traço de centralização do próprio ego. Por quê? Inconscientemente, há a projeção de sua parte reprimida, relativa ao descomprometimento, no outro. E, quem centraliza, não pode ser nem um pouco descomprometido. Há um “excesso” de comprometimento a ser resolvido.

O líder, ao fazer o autoenfrentamento, reconhece a fissura do próprio ego, aprimorando o temperamento. Aproxima-se, assim, de uma liderança capaz de desenvolver profissionais, através de feedbacks assertivos, ao exercer o poder.

Autoconhecimento e as reflexões sobre o temperamento

Cada pessoa tem um temperamento, produto do modo íntimo de sentir as próprias experiências. Os saldos das inter-relações são efeitos da qualidade do convívio. Algumas reações intempestivas devem ser auditadas, principalmente ao se liderar.

A essência do desafio é desdramatizar as reações não agradáveis, por atuar na causa da emoção, identificando a experiência passada associada. A mente emocional confunde, facilmente, o passado com o presente, e somente uma racionalidade bem dirigida, é capaz de mudar a percepção equivocada. Com o tempo, o temperamento torna-se mais sábio.