Freakonomics, o lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta.
Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner
O economista Steven Levitt, Ph.D. pelo MIT, em parceria com o jornalista Stephen J. Dubner, apresentam uma coletânea de estudos para defenderem teses polêmicas, entre elas a de que a legalização do aborto seria a grande responsável pela redução das taxas de criminalidade nos Estados Unidos. O próprio nome Freakonomics – algo como “economia da excentricidade” – contribui para que o livro mostre a que veio. Levitt tem uma linha de pensamento diferente da maioria dos economistas e, apesar de em Freakonomics seguir uma tendência tradicional atualmente em Economia – a de aplicar princípios econômicos às mais variadas situações da vida cotidiana – o livro não fica limitado a isso. Situações cotidianas são confrontadas pelos autores, e ideias simples, convenientes e confortadoras, tidas como verdadeiras pela sociedade, são postas em dúvida.
Opinião: Os autores afirmam que economia é o estudo dos incentivos, ou seja, de como conseguimos o que queremos ou precisamos. Dizem ainda que os incentivos geralmente são pequenos, mas com grande poder de alterar uma situação, e que são de 3 tipos: econômicos, sociais ou morais. A partir disso tecem sua tese abordando questões que desafiam a sabedoria convencional, o chamado senso comum. Através do relato de vários casos, os autores procuram mostrar que mesmo quando, aparentemente, não se consegue enxergar a correlação entre dois fatos (duas ocorrências) isso não significa que não estejam conectados. Uma leitura interessante para quem trabalha com cenários.
O texto aborda a sistematização no uso de medidas de desempenho, tratadas como os sinais vitais da organização. O autor afirma que “as empresas não medem as coisas certas da maneira correta”. A partir do conceito de que as medidas de desempenho são a quantificação de quão bem as atividades de um processo, ou seu resultado, atingem uma meta especificada, é apresentado um modelo para a identificação e uso de medidas de desempenho adequadas, que induzam a estratégia por toda a organização, para todas as pessoas, passando pelos processos. O modelo trabalha com três famílias de medidas de desempenho: custo, qualidade e tempo, e com três níveis de mobilização das medidas de desempenho: organização, processos e pessoas. O objetivo é atingir um “desempenho quantum”, o nível de realização que otimiza o serviço executado (uma relação entre as dimensões de desempenho qualidade e tempo) e o valor entregue ao cliente (uma relação entre as dimensões de desempenho custo e a qualidade).
Por que algumas ideias sobrevivem e outras morrem? Como aumentar as chances de ter ideias que se propagam? Os autores abordam essas questões intrigantes, revelando o que faz uma ideia repercutir e, além disso, permanecer no imaginário das pessoas. Provocativo, esclarecedor e surpreendentemente engraçado, este livro mostra os princípios essenciais de ideias vencedoras.
Um estudo da natureza humana na administração de negócios. Os autores informam que as organizações, além de serem percebidas como unidades econômicas devem, também, ser encaradas como unidades socioculturais que expressam em suas relações valores, estruturas e processos da cultura e das sociedades nas quais estão inseridas. Inicialmente é desenvolvido um estudo dos traços culturais do brasileiro para, em seguida, serem analisadas suas influências na forma (estilo) de conduzir (administrar) os diversos processos de um negócio: formulação de estratégias, tomada de decisão, liderança, coesão organizacional, inovação e mudança, e motivação.
A partir das questões: “Como transpor os limites da competição destrutiva? Como criar novos mercados? Como sistematizar o alcance e a sustentação de um alto nível de desempenho?” os autores desenvolveram uma pesquisa de campo, buscando identificar o movimento estratégico de empresas bem sucedidas, e outras nem tanto, para compreender o padrão que levou as primeiras ao sucesso. De suas observações, chegaram a seguinte conclusão: algumas empresas navegam num oceano vermelho – de águas ensanguentadas pela disputa de mercado – onde as fronteiras setoriais estão definidas e aceitas e as regras competitivas conhecidas, outras navegam num oceano azul – de águas novas, até então desconhecidas – onde existem espaços de mercado não explorados a serem desbravados. A ideia básica da criação de oceanos azuis parte do conceito de “inovação de valor”, cujo foco é tornar a concorrência irrelevante, oferecendo valor diferenciado aos clientes e à empresa. O livro apresenta o modelo de criação de oceanos azuis, a partir da análise de quatro ações: eliminar-reduzir-elevar-criar atributos para o estabelecimento da nova curva de valor, e discute os princípios norteadores da formulação e da execução da estratégia do oceano azul.