Autoconhecimento e o aprimoramento do raciocínio

O nível de discernimento depende da qualidade e da quantidade adequada de informações processadas, na malha intelectiva da mente. Mas, o quanto fomos educados para auditarmos estas informações? De onde elas procedem? Do mundo subjetivo ou objetivo? Em que contexto foram assimiladas ou produzidas?

O aprimorarmento do raciocínio, possibilita um cuidado diferenciado para se interpretar fatos e pessoas. Ao desenvolver o autoconhecimento, se aprende a auditar a mente com a inteligência da própria mente. Assim, um líder utiliza-se de uma racionalidade pontual, para legitimar ou não um posicionamento, antes de decidir.

Inteligência Emocional em Projetos

Gerenciar projetos é buscar resultados, bem definidos, com pessoas de competências específicas. Contudo, quando nos deparamos com nossas emoções não boas, ao nos relacionarmos com elas, precisamos de um conhecimento que nos dê mais autonomia para raciocinarmos com maior discernimento, evitando que nossa subjetividade atrapalhe a objetividade do trabalho a ser realizado. Entender, minimamente, como funcionamos, é fundamental, para ativarmos o melhor de nosso mundo lógico, aprendendo a identificar a causa que fez a emoção emergir, possibilitando um pouco mais de autoconhecimento.
Elisete Pagano estará discutindo esse tema em minicurso no VIII Seminário de Gerenciamento de Projetos, que ocorre de 13 a 16/09/2011 no Centro de eventos da PUC-RS.

O minicurso está programado para 14/09/2011, das 09h às 17h30, sala 714.

Acesse: http://8seminario.pmirs.org.br/site/apresentacao/visualizar/id/5/?Inteligencia_Emocional_em_Projetos.html

Autoconhecimento e a qualidade dos pensamentos

O pensamento é uma forma de autoexpressão que merece profunda atenção. Qual o padrão dos pensamentos produzidos? Qual a utilidade? Favoreceria se alguém “escutasse” alguns destes pensamentos? Então, o pensamento que não pode ser revelado, o que contém na sua essência?

Quando lideramos, temos que desenvolver pessoas. O que se pensa de quem devemos desenvolver? Há empatia? Respeito? Ou já existe um preconceito, dificultando a melhor intencionalidade?

No autoconhecimento, busca-se saber porque rejeitamos ou simpatizamos “excessivamente” com alguém,  principalmente antes de darmos um feedback. Ao liderar, é necessário atingir a dose certa de isenção, para sermos um pouco mais justos e úteis, contribuindo para o crescimento das pessoas da equipe, visando o resultado.

Autoconhecimento e a nitidez perceptiva para interpretar

Perceber como se percebe, é um produto importante do autoconhecimento. A nitidez perceptiva revela a qualidade do foco no que se busca compreender. Contudo, toda compreensão está relativizada com o o mundo do sujeito que compreende.

A busca pela menor interferência possível da subjetividade, dependerá do nível de autoconhecimento desenvolvido. Se toda interpretação acontece após a percepção ter sido construída, é fundamental aprender a aferir como se percebe, e um caminho é o autoconhecimento. Ao liderar, é necessário identificar os vícios perceptivos, para não prejudicar as decisões.

Autoconhecimento e a resolução de desafetos

Cada um tem um nível de desfeto para resolver, ao longo da existência. Apenas deixar de se relacionar com quem não se tem empatia ou se sente desprezo, não promove a resolução da mente porque não se busca a causa em um fato importante do passado e, assim, não se faz o autoconhecimento.

Não somos tão bonzinhos quanto pensamos. Reprimimos nosso lado censurado, e se não o resolvermos, na frente de quem representa a parte reprimida de nossa mente, – aquela que censuramos em nós -, rejeitaremos e partiremos para a crítica, por autodefesa da mente emocional.

Uma coisa é perceber a inadequação de alguém, outra é ficarmos incomodados com aquele comportamento que não nos permitimos ter. Assim, autoconhecimento revela a parte não bonita de nossa personalidade. Contudo é possível lapidá-la, se fizermos o autoenfrentamento, na frente do espelho dos relacionamentos difícieis. E, no papel de lider, o autoconhecimento é imprescindível, principalmente quando se dá feedbacks para desenvolver o outro. Mas, primeiro é necessário que o líder desenvolva a si mesmo.